Remédios para emagrecer: quais são os principais mitos - 2024

Teorias que circulam na internet podem favorecer a desinformação sobre o uso desse tipo de medicamento.

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Segundo dados divulgados pelo Atlas Mundial da Obesidade de 2023, um total de  22,4% da população adulta brasileira está obesa, realidade que pode propiciar complicações para a saúde. A estimativa é que o percentual chegue a 41% até 2025. A situação acende o alerta para a importância da informação correta sobre cuidados e tratamento da condição.

Para quem luta contra a obesidade, os remédios são uma das opções utilizadas para acelerar o processo de emagrecimento. Nos últimos anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de novos medicamentos que auxiliam o tratamento para a perda de peso, como a semaglutida.

O uso de qualquer medicação deve ser realizado com orientação médica, entretanto, promessas de perda rápida de peso e dietas restritivas circulam pela internet e acabam confundindo as pessoas. Dessa forma, falsas teorias são criadas.

Para evitar riscos à saúde e conseguir resultados eficazes na luta contra a obesidade, é fundamental buscar informação correta e saber o que, de fato, é verdade e mentira sobre o assunto.

1º mito: qualquer pessoa pode tomar remédios para emagrecer

Não é toda pessoa que pode usar os remédios para emagrecer. Em entrevista à imprensa, o endocrinologista especializado no tratamento da obesidade, Thiago Napoli, explicou que o uso de remédios é indicado para auxiliar no emagrecimento de pessoas obesas ou com sobrepeso que resultem em problemas de saúde, como dores nos joelhos e na coluna, alteração no colesterol ou diagnóstico de diabetes.

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Toda medicação apresenta contraindicações e efeitos colaterais, por isso, a importância da orientação do profissional da saúde para que todas as doses sejam ajustadas ao perfil de cada paciente.

2º mito: os remédios emagrecem por si só

Entre os remédios em evidência, nos últimos tempos, está o  Ozempic 1 mg, também conhecido como “caneta para emagrecer”. Ao buscar pelos termos no Youtube ou nas redes sociais, é possível encontrar conteúdos que mostram o antes e o depois de quem usou o medicamento. Em alguns casos, os materiais passam a falsa impressão que apenas o uso do produto é suficiente para alcançar os resultados.

Embora as medicações sejam uma ajuda valiosa para as pessoas que têm dificuldades para perder peso, elas não fazem milagres. Na verdade, integram uma estratégia que inclui outras ações para a obtenção do resultado esperado.

Segundo o Ministério da Saúde, para o emagrecimento é preciso assegurar uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos. O endocrinologista Thiago aponta que esses hábitos, juntamente com o uso dos remédios, são capazes de promover a perda de peso.

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3º mito: os remédios emagrecedores viciam

A preocupação com a possibilidade de viciar no medicamento prescrito pelo médico pode fazer com que muitos pacientes tenham receio de iniciar o tratamento. No entanto, esta é mais uma falsa teoria.

Os remédios aprovados pela Anvisa têm o uso autorizado no país e não apresentam nenhum indício ou comprovação sobre vício. Em entrevista à imprensa, a endocrinologista Rafaela Fontenele afirmou que pode acontecer de o paciente ganhar peso quando para com a medicação, o que cria a falsa sensação sobre o corpo estar viciado.

Dessa forma, a orientação é manter os cuidados com a alimentação e a prática de exercícios físicos após o tratamento com remédios para facilitar a manutenção do peso.

4º mito: usar remédios emagrecedores causa efeito sanfona

O termo “efeito sanfona” é usado para se referir à oscilação de peso no processo de emagrecimento. Segundo especialistas, a variação pode acontecer, mas não tem relação com o uso de remédios emagrecedores.

Thiago Napoli explica que, para a natureza humana, a perda repentina de peso pode gerar um alerta para o organismo, que prontamente se encarrega de recuperar a gordura perdida.

Para evitar esse tipo de episódio, o ideal é manter a alimentação balanceada e a constância nas atividades físicas. O uso de remédios com o acompanhamento profissional garante que qualquer ajuste possa ser feito em situações como esta.

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5º mito: usar medicamentos para emagrecer não é uma solução saudável

Há, ainda, o mito de que o uso de remédios emagrecedores não são saudáveis e tragam malefícios ao organismo. É importante destacar que todos os medicamentos aprovados pela Anvisa estão liberados para uso e não causam problemas diretos, quando usados corretamente por quem não tenha nenhum tipo de contraindicação ou alergia.

De acordo com a endocrinologista Rafaela Fontenele, os remédios são opções saudáveis, desde que usados em conjunto com uma alimentação equilibrada e exercícios físicos. Quando os medicamentos se unem às dietas restritivas, que não fornecem todos os nutrientes necessários, podem trazer problemas à saúde.

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